Hoje é o dia!
visto-me de branco,achando que assim,vai clarear tudo aqui
cubro as feridas,as mais novas com band-aid,
as mais velhas,aquelas cicatrizadas,pinto de dourado
visto meu melhor sorriso...
e finjo pra mim mesma que acredito
em ano novo vida nova...
.
.
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“enquanto isso na liga da justiça”
O cara lá,o fanfarrão
me olha lá de cima,balança a cabeça
e pensa...
Tadinha,nem imagina o que a espera...
No dia que descobri que o coração
quando dói,dói no estomago
(tinha por volta dos seis ou sete)
descobri também quem eu era
(não,não era feio)
e assim eu segui
e na tentativa de não sentir aquilo de novo
procurei andar por caminhos que eu achava ser mais seguros
(acabei deixando para trás pedaços de mim)
(pedaços d’alma)
pra logo depois descobri que essas escolhas não tinham me tornado mais feliz...
hoje eu faço o caminho de volta
(recolhendo os pedaços de mim que eu larguei por aí)
tropeçando aqui e acolá.
Espírito natalino, papai noel,vida que se renova...
MATEI TODOS!
parece que o cara lá
aquele que desde sempre me ensinaram
a amar,temer e blábláblá (fui uma péssima aluna...)
é um senhor fanfarrão
e gosta de brincar com a vida dos daqui de baixo...
mas tem nada não
pode mandar!!
Que a casca é grossa e o saco é fundo!
Há muito, muito tempo eu deixei de acreditar em sonho
como boa virginiana que sou
sonhos são uma farsa...eu repetia (era quase um mantra)
mas,mais uma vez a vida (essa danada) me prova o contrário
e veio de quem eu menos esperava!
ver e ouvir seus feitos me aperta o peito, enche meus olhos d’água (de orgulho)
e de esperança
se ele chegou nas nuvens,eu também posso chegar!
Hoje me sinto vazia...
Sim,vazia!
sentimento nenhum me atormenta a alma
Ahhh e como é bom se sentir assim
nem amor,nem dor
raiva,saudade,solidão...
nada,nadinha
hoje não estou! Diria eu
ahhh e como é bom se sentir assim...
Aos meus poucos e bons...
Sim, porque são poucos mesmo
do tipo que se conta nos dedos das mãos (um pé também talvez)
mas são os melhores do mundo!
do meu mundo
Eu sei que sou ausente
e que não ligo no aniversário,casamento,funeral
que as vezes me falta palavras nas horas certas
e me sobra nas incertas
e nunca digo que amo...
mas amo,e como amo!
Nuvens cinza na cabeça
Sabe como é...
O ruim não é sentir
isso é moleza
o que da raiva é não saber de onde vem...
Aquela foi, junto com ele, pro infinito eterno das lembranças que não queremos lembrar (ãh?)
essa, tadinha, não aguenta (mais) carregar esse cansado pedaço de carne (né facil não)!
PRÓXIMA!!!
Você vê?!
essa sou eu surtando!
agora dá licença,que eu vou vestir minha máscara de feliz
Volto já!
E o som começa a tocar novamente...
a mesma musica, sempre ela
e os pensamentos saem voando
como as folhas do fichário
no dia que escorregou e quase cai
a lembrança faz rir,aquele sorriso de vergonha(sabe?)
agarra o pensamento, não pode deixa ele solto assim
pega e guarda dentro da caixinha novamente
de onde nunca deve sair...
rum, onde já se viu pensamento desses solto por ai!
Durmo numa cama bem baixinha
assim posso sonhar a vontade
e continuar perto do chão
como não pode ser sempre assim
eu desenho meu próprio céu
e ele é todo meu!
e imagino viver numa foto antiga
mas nunca sei como terminá-las
que acabo sem saber o que fazer perto dela...
o mesmo acontece com quem não gosto...
Cansada dessas noites vazias na frente do computador...
Vazias de sentimento, pensamento, movimento (hehe)...
mas cheias de dores...do corpo e da alma
já que não sei falar do meu “diálogo interno torturante”
prefiro fingir que não o tenho...
todos os sentimentos,e que não adianta disfarçar...
prefiro achar que não e continuar fingindo...
(sempre que me vê,minha avó,pergunta porque estou triste...
nunca sei o que responder e digo sempre que estou cansada)
esse maldito pensamento recorrente que não me deixa dormir...
e eu só quero que a noite passe rápido “pra” de dia poder me ocupar e me distrair.
